GNV: 7 cuidados antes de comprar um carro com Kit Gás

Em vista do alto preço dos combustíveis, o GNV (Gás Natural Veicular) é sempre uma alternativa.

Nas coletivas de imprensa do último Salão do Automóvel de São Paulo, quase todos os fabricantes colocaram seus modelos como sendo os mais econômicos da categoria. Como o Inmetro não faz testes comparativos, fica difícil saber qual é, de fato, o mais econômico deles.

Testes à parte, isso evidencia a preocupação do consumidor com o tema, principalmente por parte daqueles que rodam muito. Alguns resolvem a questão convertendo o carro para uso de GNV, o popular Kit Gás. Em São Paulo, esse tipo de combustível já foi mais popular. Hoje, é aplicado mais em veículos com fins comerciais.

No Rio de Janeiro, por sua vez, o GNV ainda é muito utilizado em virtude do desconto concedido pelo Estado no IPVA. Recentemente, tive uma experiência com um carro assim. O modelo era um Astra, que vendi no início deste ano para um cliente da zona leste de São Paulo.

Assim que comprou o carro, o proprietário fez a conversão, pois a ideia dele era trabalhar como motorista da Uber. O projeto acabou não dando certo, e em poucos meses ele me contratou para vender o carro, já com GNV.Nesse segundo negócio, percebi a aversão que as pessoas têm ao GNV.

Foram muitos os comentários de que o proprietário havia estragado o carro. Só que eu precisava apenas de um comprador, e não foi tão difícil assim encontrá-lo.

Quando o Astra era original, levei uma semana para vendê-lo; com o GNV, foi um mês. Apesar de o tempo ter sido maior, considero que também foi rápido, já que, em muitos casos, vender carro no particular pode levar meses.

O novo proprietário do Astra admitiu que só comprava carro com GNV, mesmo sem rodar tanto. Para ele, o que valia era a economia na hora do reabastecimento. É para consumidores como ele que dedico esta coluna: os que querem ou planejam ter um carro usado com GNV.

Considere os 7 cuidados abaixo antes de fazer a aquisição de um automóvel movido por esse tipo de combustível:

1. Nota Fiscal

Exija a nota fiscal da empresa que fez a conversão para GNV, com a especificação da geração que foi instalada. A empresa deve ser credenciada pelo Inmetro. Priorize os de 5ª geração, que são mais modernos e têm funcionamento melhor, principalmente em carros com câmbio automático;

2. Documentação

Confira se a documentação do carro foi alterada. Nela, o GNV deve constar como um dos combustíveis, além do outro, original do carro.

3. Vistoria

Verifique a validade da vistoria que é feita anualmente no sistema do GNV em oficinas credenciadas pelo Inmetro. Já o cilindro deve ser submetido a uma inspeção a cada cinco anos.

4. Potência

Levando em conta a grande perda de potência quando é utilizado o GNV, opte por carros com motores fortes. Minha recomendação é que a relação peso/potência seja de pelo menos 10 kg/cv. Quanto menor, melhor.

5. Peso

Verifique o estado da suspensão traseira, que tem desgaste prematuro por ter que suportar o peso do cilindro de GNV.

6. Adulteração

Como o dono de um carro com GNV geralmente roda muito, tenha atenção redobrada com adulteração de quilometragem. Suspeite de carros com média inferior a 20 mil km por ano.

7. Cheiro

Descarte modelos que tenham cheiro de gás, pois isso certamente é indício de algum tipo de vazamento.

E você, caro leitor, teria um carro com GNV? Deixe sua opinião nos comentários abaixo, juntamente com a indicação do Estado onde vive.

Até a próxima!

Felipe Carvalho é o primeiro caçador profissional de carros do Brasil. Acesse o site www.cacadordecarros.com.br e saiba mais. Inscreva-se no canal do Caçador de Carros no YouTube e curta a página de Felipe no Facebook.

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