AutoAnálise: agora nacional, Nissan Kicks entra na briga pra valer

AutoAnálise: agora nacional, Nissan Kicks entra na briga pra valer

O Nissan Kicks inicia uma nova fase no mercado nacional. Após um investimento de R$ 750 milhões, o SUV passou a ser produzido na unidade fabril da marca japonesa em Resende (RJ), ampliando o leque de versões e chegando às lojas com preços iniciais mais baixos.

Antes trazido do México, o modelo sofria com as restrições impostas pela política de cotas para importações e com a oferta de apenas duas versões, as mais completas e caras SV Limited e SL. Num segmento tão forte e concorrido como o dos SUVs compactos, isso comprometia a competitividade do modelo frente aos rivais, especialmente em relação aos líderes Honda HR-V, Jeep Renegade e Hyundai Creta.

O que tem de novo

Pode-se dizer que somente agora o Nissan Kicks entra pra valer no jogo, colocando em campo um time mais completo e competitivo. A linha nacional começa pela versão S com câmbio manual de 5 marchas, com preço base de R$ 70.500. O acabamento é simplificado e as rodas são de aço com calotas, mas traz itens essenciais na categoria, como ar-condicionado, direção elétrica com volante multifuncional, sistema de som com conexão USB e Bluetooth, travas elétricas com acionamento central e vidro elétrico em todas as portas, além do sistema de partida a frio que dispensa o tanquinho de gasolina. Por um adicional de R$ 1.200 é possível acrescentar controles de tração e estabilidade e assistente de partida em rampa.

Por R$ 79.200, a versão S com câmbio automático CVT traz tudo isso de série, incluindo os controles de tração e estabilidade e o assistente de partida em rampa, e acrescenta a roda de liga leva de 16 polegadas.

Com uma lista de equipamentos mais recheada, SV é oferecida apenas com câmbio automático CVT ao preço base de R$ 85.600. Além dos itens disponíveis na versão S, a SV acrescenta sensor de estacionamento, câmera de ré, chave presencial com partida do motor por acionamento de um botão, faróis de neblina, espelhos retrovisores com regulagem elétrica e indicadores de direção, sistema de navegação, tela sensível ao toque de 7 polegadas integrada ao rádio e rodas de liga leve de 16 polegadas. Com R$ 3 mil adicionais o comprador acrescenta bancos com acabamento em couro e airbags laterais de cortina.

A versão topo de linha SL, também oferecida apenas com câmbio automático CVT ao preço base de R$ 94.900, acrescenta maçanetas externas cromadas, sistema multimídia Nissan Multi-App, retrovisores externos rebatíveis automaticamente, pintura em dois tons, bancos com acabamento em couro, acendimento inteligente dos faróis, airbags laterais e de cortina, ar-condicionado automático digital, câmera 360º, detector de objetos em movimento MOD, controle Dinâmico de Chassis e painel digital em TFT. Opcionalmente, o Pack Tech acrescenta alerta de colisão, assistente inteligente de frenagem e faróis dianteiros de LED, por R$ 2.400.

Sob o capô

Em todas as versões, manual ou automáticas, o Nissan Kicks nacional vem equipado com motor 1.6 que gera 114 cv de potência e 15,5 kgfm de torque a 4.000 rpm. Esses valores, segundo a fabricante, valem para gasolina e etanol. Apesar de aparentar um tanto subdimensionado, é um motor que proporciona bom desempenho considerando a proposta do carro.

Segundo os parâmetros do INMETRO o consumo urbano da versão equipada com câmbio manual é de 7,8 km/l de Etanol e 11,1 km/l de gasolina. O rodoviário é de 9,0 km/l (etanol) e 13,0 km/l (gasolina). Com câmbio CVT esses valores melhoram substancialmente, passando para 8,1 km/l (etanol) e 11,4 km/l (gasolina) na cidade e 9,6 km/l (etanol) e 13,7 km/l (gasolina) na estrada.

Acabamentos e cores

O Kicks oferece seis opções de cores, sendo que o Preto Premium e o Branco Diamond não acrescentam nenhum valor ao preço final do carro, enquanto, os tons Prata Classic, Cinza Grafite, Cinza Rust, Vermelho Malbec custam adicionais R$ 1.350. A pintura em dois tons, opcional na versão SL, sai por R$ 1.500.

O interior da versão topo de linha SL pode ser nas cores Preto, Macchiato (marrom) e Sand (bege) e os bancos possuem acabamento em couro de série. Nas versões S e SV os bancos são em tecido preto, com opção de couro preto para a SV.

Manutenção

O Nissan Kicks possui pacote de preço fechado para as revisões até 60 mil quilômetros, com os seguintes valores: 10.000 km, R$ 410,00; 20.000 km, R$ 565,00; 30.000 km, R$ 410,00; 40.000 km, R$ 565,00; 50.000 km, R$ 410,00; 60.000 km, R$ 565,00.

Vendas diretas para portadores de deficiência (PCD)

Para os portadores de deficiência, a Nissan adotará um sistema de vendas diretas e um “versão” exclusiva, a S Direct com câmbio CVT, pelo preço de R$ 68.640.

Conclusão

Agora nacional, com a chegada das novas versões e preços mais competitivos, o Nissan Kicks tem tudo para alcançar um aumento substancial de vendas e encarar de frente os líderes do segmento Honda HR-V, Jeep Renegade e Hyundai Creta.

No acumulado do primeiro semestre de 2017, o Nissan Kicks emplacou 12.766 unidades, enquanto o Ford EcoSport teve 14.182 unidades comercializadas, o Hyundai Creta 17.828, o Jeep Renegade 17.792 e o Honda HR-V 23.218. O Kicks deve travar uma luta maior com o EcoSport, que está sendo renovado e também deve vir com preços mais competitivos. O alvo secundário é o Renegade e o Creta, que se estabilizaram num bom patamar de mercado. O Honda HR-V não deverá, a curto prazo, ter sua liderança ameaçada.


A seção AutoAnálise traz uma visão mais completa sobre o posicionamento de um determinado modelo no mercado, ou ainda, discutir um determinado cenário ou tendência do universo automotivo. Publicada toda quinta-feira, no AUTOPOLIS.

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