A Fiat, aos poucos, vai limpando sua gama no Brasil. Se em junho a marca deixou de fabricar três modelos (Linea, Idea e Bravo), agora foi a vez do compacto 500 e do SUV Freemont darem adeus ao Brasil. Ao menos de acordo com o site Autos Segredos. Os dois modelos eram importados e comercializados ainda como linha 2015.

O principal motivo para a retirada de ambos os modelos do mercado é a alta do dólar. Com maior custo para a importação, o preço de ambos subiram consideravelmente. O 500, que chegou a ser vendido por R$ 39 mil em 2011, atualmente custava R$ 56 mil na versão de entrada, enquanto a variante Abarth chegava a R$ 94 mil. Os Cinquecentos, inicialmente importados da Polônia, eram equipados com o moderno motor MultiAir de 1.4 litro de 16 válvulas a gasolina, que gerava 100 cv de potência e 13,4 kgfm de torque.

O 500 emplacou apenas 2.200 em seus primeiros dois anos no Brasil e estava fadado ao fracasso. A reação da Fiat foi importar as versões Cult fabricadas no México, equipadas com o conhecido motor 1.4 EVO flex de 88 cv de potência (com etanol) herdado dos primos Palio e Uno. A adoção do motor mais simples surtiu efeito e as vendas do 500 chegou a superar 1.000 unidades mensais, fechando 2012 com 15.922 emplacamentos. Dois anos depois, o bloco 1.4 EVO chegou à variante conversível, anteriormente disponível apenas com o 1.4 MultiAir.

Já o Freemont, que sempre foi visto como uma variante mais simples do Dodge Journey, era equipado com um bloco 2.4 de 173 cv. O SUV chegou em 2011 com preço inicial de R$ 81.600, hoje é tabelado em R$ 109.500. Porém, com a ascensão do segmento, o modelo da Fiat foi perdendo vendas, ainda que fosse a versão de 7 lugares mais barata nessa fatia do mercado. Em 2012 foram 11.330 unidades vendidas, enquanto em 2016, até o momento, foram apenas 518 vendas.

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