AUTOPOLIS inaugura hoje uma nova seção, a Carros Lendários Autopolis. Nela, toda segunda-feira, você vai encontrar um carro icônico, que tenha marcado época e que se tornou eterno objeto de desejo de entusiastas ou colecionadores.
Hoje, na primeira edição, elegemos um muscle car mais que lendário, um verdadeiro mito vindo dos anos 1960: o Ford Mustang Shelby GT500 1967, mais especificamente o “Eleanor”, eternizado no remake do filme “60 Segundos”, do ano 2000.
A lenda do Mustang nasceu a partir de uma derivação do Ford Falcon e emprestou o nome de um avião norte-americano da II Guerra, o P-51 Mustang. Foi lançado em 1964 com carrocerias cupê, conversível e fastback, equipados com uma gama de motores que ia de um modesto 6 cilindros de 2,8 litros com 101 cv até um V8 de 4,8 litros que gerava 271 cv. Ao longo desses mais de 50 anos de produção, a receita do Mustang sofreu muitas alterações até chegar na atual sexta geração.
Entre várias versões que o Mustang teve durante sua história, uma está entre as mais emblemáticas, excitantes e lendárias: o Mustang Shelby GT500 1967. Neste ano, o cavalo selvagem da Ford ficou alguns centímetros maior e ganhou um visual ainda mais agressivo. O cobiçado Shelby trocava o clássico símbolo do cavalo no meio da grade dianteira por uma cobra prateada e incorporava o consagrado sobrenome do designer, preparador e ex-piloto de competição Carrol Shelby, evidenciando que essa versão está acima de qualquer outra. Debaixo do capô o V8 big block de 5,7 litros capaz de gerar 360 cv, empurrando o cupê de 1700 kg de 0 a 100 km/h em apenas 6,7 segundos, podendo atingir velocidade máxima de 233 km/h.
A produção desta clássica geração do Shelby GT 500 se estendeu até 1970, mas, em 2000, o remake de filme “60 segundos” (Gone in 60 seconds), estrelado por Nicholas Cage e Angelina Jolie, foi responsável pela ressurreição da lenda. No filme, o protagonista “Memphis” (Cage) tem a missão de furtar 50 carros em uma noite e, no fim da lista, um clássico Mustang Shelby GT 500 1967, chamado de “Eleanor”.
Para as filmagens, foram utilizados 12 modelos 1967 convencionais, que foram modificados pela customizadora “Cinema Vehicle Services” para simularem o visual original do mítico Shelby GT 500, com algumas modificações. Para o filme, o “Mustangão” ganhou frente de fibra de vidro, faróis auxiliares no para-choque dianteiro, spoilers laterais, difusores de ar e um capô estilizado, além dos freios a disco nas quatro rodas e as rodas Halibrand de 17 polegadas. No interior não foram feitas grandes mudanças, o cockpit traz volante de três raios da Lecarra, um conta-giros adicional e um botão vermelho no câmbio que aciona o nitro do veículo – o famoso “go baby go”. A versão de cinema não se limita à carregada maquiagem, pois sob o capô “da” Eleanor existe um V8 5.7 litros com 400 cv e transmissão manual de quatro velocidades.
Poucos carros ficaram tão marcados e tão valorizados quanto o Mustang Eleanor. Depois do filme, os originais GT 500 de 1967 tornaram-se verdadeiras relíquias, valiosíssimas, além das milhares de réplicas produzidas a partir de versões comuns para parecerem com o Eleanor do filme. Há pouco tempo, a unidade de numero 7 das 12 utilizadas nas filmagens, foi arrematada em um leilão por 1 milhão de dólares.
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