O grupo FCA mostra seu terceiro automóvel a ser produzido na fábrica de Goiana (Pernambuco), no embalo do sucesso do Renegade e do Fiat Toro: é a nova geração do Jeep Compass, que se afasta a imagem da malfadada geração anterior, ao empregar uma nova arquitetura. O novo modelo faz a ponte entre o nacional Renegade e os importados Cherokee e Grand Cherokee. O Brasil terá a primazia de conhecer o novo utilitário, que será comercializado em mais de 100 países.
Disponibilizado nas versões Sport, Longitude, Limited e Trailhawk (hierarquia similar à já estabelecida na linhagem do Renegade), o Jeep Compass também inaugura o motor 2.0 Tigershark Flex, com câmbio automático de 6 marchas e tração dianteira, nas três versões iniciais – para as versões Longitude e Trailhawk, também haverá a opção 2.0 Turbodiesel Multijet, aliado ao câmbio automático de 9 marchas e à tração 4×4.
A frente, com a grade de sete fendas, os faróis trapezoidais e os para-lamas de contornos acentuados não negam o parentesco com o Grand Cherokee – que já era, de certa forma, influência da geração anterior. Mas a nova geração traz detalhes mais exclusivos, como a linha de teto com moldura descendente na traseira, que tem o contraste reforçado quando a pintura de dois tons é aplicada.
Faróis e lanternas contam com assinaturas de LEDs, que assim como os faróis de neblina, estão presentes desde o Compass Sport; nos modelos Limited e Trailhawk, há projetores do tipo canhão com iluminação por xenônio. As rodas de liga leve, de 17 ou 18 polegadas, possuem estilos exclusivos para cada versão.
O interior também não nega o parentesco com outros modelos da Jeep: elementos do Renegade, como volante, alavanca de câmbio e quadro de instrumentos, encontram um painel (emborrachado) assemelhado ao do Cherokee, que pode receber a central multimídia Uconnect de 8,4 polegadas – note que os comandos de ar-condicionado também são herança do irmão importado. Há detalhes com acabamento cinza-escuro ou preto-brilhante, de acordo com a versão.
O Compass também traz interessantes easter-eggs (nós do Auto REALIDADE já estamos ansiosos para conhecer o carro de perto…): há uma figura de uma salamandra (símbolo dos escaladores), o monstro do Lago Ness, os rastros dos pneus do Jeep Willys MB (infelizmente o release não indica a posição destes elementos) e, ao usar o sistema de estacionamento automático, ícones do velho Jeep de guerra aparecem no quadro de instrumentos.
Desde o Jeep Compass Sport (R$ 99 990), são itens de série: monitoramento de pressão dos pneus, airbag duplo, direção elétrica, luzes de seta nos retrovisores elétricos (com luzes de cortesia), volante com ajuste de altura e profundidade, rack de teto na cor preta, alarme, alerta de limite de velocidade e manutenção programada, apoio de braço com porta objetos, rodas de liga leve aro 17” com pneus 225/60, ar-condicionado manual, sensor de estacionamento traseiro, banco do motorista com regulagem de altura, tomada 12 Volts, banco traseiro bipartido 60/40 e rebatível, travas elétricas, porta-revistas atrás dos bancos dianteiros, sistema multimídia Uconnect com tela touchscreen de 5 polegadas, GPS, atalhos de som e Bluetooth no volante, comandos de voz e câmera de ré, vidros elétricos com acionamento por um-toque, chave-canivete, cintos de 3 pontos para todos (os dianteiros com ajuste de altura) e encostos de cabeça ajustáveis, computador de bordo com tela de 3,5 polegadas (registrando distância percorrida, consumo médio, consumo instantâneo e autonomia), controles de tração, estabilidade, anti-capotamento e para reboque, estepe de uso emergencial, faróis (com função Cornering) e lanterna de neblina, freio de estacionamento elétrico, freios ABS a disco nas 4 rodas e auxílio de frenagem de emergência, direção de torque dinâmico, ganchos de fixação de carga no porta-malas, auxiliar de partida em ladeiras, iluminação do porta-malas, três pontos de fixação ISOFIX para cadeirinhas infantis, controlador e limitador de velocidade, limpador e desembaçador traseiro, luzes de condução diurna, maçanetas externas e capas dos retrovisores pretos, para-sóis com espelhos e 6 alto-falantes. O único opcional de fábrica é o Pack Safety II (inclui airbags laterais dianteiros, de cortina e para os joelhos do motorista, além de banco do passageiro com porta-objeto sob o assento).
O motor 2.0 Tigershark 16 válvulas, de 1995 cm³, rende 159 cavalos com gasolina e 166 cv com etanol, a 6200 rpm. Com tração dianteira, seu torque é de 19,9 kgfm com gasolina e 20,5 com etanol, a 4000 rpm . Com 4,42 metros de comprimento, 1,63 m de altura, 2,64 metros de distância entre-eixos e 1,82 m de largura, o Compass Sport tem porta-malas de 408 litros e tanque de combustível para 60 litros.
No Compass Longitude (R$ 106 990 na opção Flex, ou R$ 132 990 na opção Diesel), são itens de série adicionais: porta-objeto sob o assento do banco do passageiro, aletas para trocas de marcha sequenciais no volante, iluminação ambiente, ar-condicionado de duas zonas, maçanetas e retrovisores na cor da carroceria, rodas de 18 polegadas com pneus 225/55, chave presencial e partida por botão, sistema Uconnect com tela de 8,4 polegadas sensível ao toque com 6 alto-falantes, USB, Bluetooth, GPS e comandos de voz, cinzeiro removível, tapetes, tomada 12V no porta malas, volante com revestimento em couro e friso cromado em torno das janelas laterais.
Os opcionais são: Pack Safety (airbags laterais dianteiros, de cortina e para os joelhos do condutor), teto solar elétrico Command View e Pack Premium (revestimentos em couro, som Beats de 506 Watts, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis e retrovisor interno eletrocrômico). As especificações mecânicas do modelo Flex são idênticas ao Compass Sport.
O Compass Limited (R$ 124 990), unicamente disponível com o 2.0 Tigershark Flex, traz adicionalmente: acendimento automático dos fárois, 7 airbags, quadro de instrumentos com tela colorida de 7 polegadas, alavanca do cambio com revestimento em couro, rack do teto com acabamento cromado, bancos revestidos em couro, rodas de 18 polegadas diferenciadas com pneus 225/55, sensor de chuva, detector de veículos em pontos cegos, espelho interno eletrocrômico e faróis de xenônio.
São opcionais: teto solar elétrico Command View, Pack Advanced Asssist (controlador de velocidade adaptativo, monitoramento de mudança de faixa não-sinalizada, acendimento automático dos faróis altos, além de aviso de colisão frontal com frenagem automática de emergência) e o Pack Top III (inclui assistente automático de estacionamento, tomada de 127 Volts, bancos dianteiros com ajuste elétricos e som Beats de 506 Watts, 9 alto-falantes e 1 subwoofer). O Limited é o único a trazer a cor contrastante para o teto. Curiosamente, seu porta-malas tem capacidade 2 litros maior em relação a outras versões.
E o Trailhawk (R$ 149 990), versão preparada para o uso fora-de-estrada com capacidade de imersão de 48 centímetros, conta com pacote de itens similar ao do Limited, acrescidos do seletor de cinco terrenos 4×4, ganchos de reboque vermelhos, adesivo preto no capô, protetor de cárter, tanque e câmbio, bancos e volante revestidos em couro com costuras em vermelho Protetor de tanque, rack do teto e frisos laterais na cor cinza acetinado, rodas de 17 polegadas com pneus 225/60 e tomada 12 Volts no porta malas. São opcionais: teto solar Command View, Pack Top III e o Pack Advanced Assist. A altura de rodagem foi incrementada em 2 centímetros.
O 2.0 MultiJet II Turbodiesel, de 1956 cm³, rende 170 cavalos a 3750 rpm e torque de 35,7 kgfm a 1750 rpm – 80% disponível já a 1500 rpm. Por conta da suspensão diferenciada, o porta-malas encolheu para 388 litros.
Com função 4WD Low (reduzida), o sistema Selec-Terrain adapta-se aos modos Snow (neve, para terrenos escorregadios), Sand (areia), Auto (automático), Mud (lama) e Rock (pedra), este último exclusivo da versão Trailhawk. Quando a tração nas quatro rodas não é necessária, o eixo traseiro fica totalmente desconectado, para economizar combustível e reduzir o desgaste dos componentes. Mas a unidade de transferência de força (PTU) localizada na dianteira reacopla automaticamente o eixo cardã que distribui o torque para as rodas de trás, caso seja detectada uma situação de demanda – quando, por exemplo, se está numa subida e os limpadores de para-brisa estão em funcionamento.
Entre os destaques de sua montagem, estão: cerca de 5 mil pontos de solda no chassi, 18 abafadores de ruído espalhados pela carroceria, emprego de aço de alta resistência (HSS) em cerca de 70% do chassi e suspensão McPherson no eixo traseiro.
A divisão de acessórios Mopar preparou o plano de revisões até 60.000 quilômetros a preços fechados, com mão de obra incluída e a possibilidade de pagar pelas revisões e conjuntos de serviços com antecedência. A garantia do Jeep Compass é de três anos (podendo ser estendida por mais um ou dois anos) sem limite de quilometragem. As revisões serão feitas a cada 12.000 km nos modelos Flex e a cada 20 mil km nas versões a diesel – apenas a troca de óleo e filtro tem de ser feita anualmente. Estarão disponíveis nas concessionárias cerca de 40 acessórios para o novo modelo.