Parece, mas não é: o BMW Série 5, em sua sétima geração, abdicou de boa parte de sua personalidade para ser um Série 7 em menores proporções – o que não é exatamente ruim, mas deixa saudades de meados dos anos 2000, quando o controverso designer Chris Bangle deu personalidades bem-definidas aos sedans das Séries 3, 5 e 7, e lembra a rival Mercedes-Benz, que deixou seu novo Classe E parecido até demais com o Classe S. O novo Série 5 está 3,6 centímetros mais longo (totalizando 4,93 m de comprimento), 0,6 cm mais largo (1,87 m), 0,2 cm mais alto (1,47 m) e com distância entre-eixos 7 milímetros alongada (para 2,975 metros).
Os faróis são de LED desde a versão de entrada (opcionalmente há o recurso do farol alto adaptativo, que alterna para a luz baixa caso um veículo em sentido oposto seja detectado em até 500 metros) e se agrupam com a grade no clássico formato de duplo rim, agora mais horizontal. Na lateral, o adorno nos para-lamas dianteiros remete diretamente ao Série 7, enquanto a traseira, um pouco mais original, exibe lanternas sinuosas e que acompanham os volumes da tampa do porta-malas.
A nova carroceria lhe deu um invejável coeficiente aerodinâmico de 0,22 (uma melhoria de 10%), auxiliado por recursos como a abertura e fechamento ativos da grade frontal. Em termos de personalização, há 11 opções de cores metálicas para a carroceria e outras duas sólidas, fora as tonalidades especiais que serão disponibilizadas em 2017, além de 17 (!!!) estilos de rodas, entre 17 e 20 polegadas.
O Série 5 conta com os pacotes Sport Line (que agrega rodas diferenciadas de 18 ou 19 polegadas com acabamento preto e em alumínio polido, soleiras das portas iluminadas com o emblema da BMW e logotipos Sport Line, além de bancos esportivos dianteiros, revestimento em couro para o volante e detalhes de acabamento diferenciados), Luxury Line (fotos acima; seus diferenciais são os cromados na grade frontal, rodas de 18 polegadas (19” opcionais), painel revestido em “Sensatec”, soleiras de alumínio e costuras contrastantes nos revestimentos de couro e M Sport Package, que inclui para-choques mais esportivos, suspensão rebaixada, saídas de escape retangulares, saias laterais, rodas de 18 ou 19 polegadas, volante esportivo, tapetes exclusivos e pedaleiras de alumínio.
O interior foi desenvolvido com atenção ao espaço destinado aos passageiros, bem como o porta-malas, que cresceu para 530 litros. O silêncio na cabine, na área próxima à cabeça dos ocupantes, foi aprimorada para permitir conversas mais calmas a bordo. Os porta-garrafas nas portas levam agora recipientes de 1 litro e o centro do console central pode opcionalmente receber o carregador de baterias sem fio para celulares.
Totalmente digital, o quadro de instrumentos não deixa de respeitar a tradição dos BMWs de tempos passados, trazendo inclusive um relógio analógico entre o velocímetro e o conta-giros. Os bancos dianteiros possuem regulagem elétrica de série, podendo receber os padrões de couro Dakota ou Nappa; opcionalmente também há um programa de massagens com 8 funções, e o motorista dispõe de aquecimento ou ventilação no assento.
O sistema multimídia iDrive, que no começo dos anos 2000 foi motivo de polêmica por seu difícil manuseio, agora pode ser comandado por gestos e comandos de voz. Em sua tela de 10,25 polegadas, estão concentradas funcionalidades de GPS, telefonia, música e informações sobre o veículo. O assistente de voz entende inglês, alemão, chinês, francês, espanhol, italiano, japonês e… português.
Atrás, houve a preocupação de oferecer espaço para três adultos. Ao centro, o descansa-braço conta com porta-copos, e as laterais contam com fixação ISOFIX para cadeirinhas infantis.
Outro recurso de tecnologia disponível é o Head-Up Display colorido, que projeta no para-brisa informações como velocidade, alertas, instruções do GPS, condições de tráfego e detalhes de assistência ao motorista.
Todas as versões contam com o ar-condicionado digital de zuas zonas, trazendo opcionalmente a recirculação automática do ar (por exemplo, ao entrar em um túnel) e o ar de 4 zonas, com um console separado para os ocupantes traseiros. No intuito de tranquilizar os ocupantes, o BMW traz iluminação ambiente em LED com 11 efeitos e 6 cores diferentes, além do ionizador de ar, que também tem a capacidade de perfumar o ambiente com 8 aromas.
Estão disponíveis os sistemas de som Bowers & Wilking de 16 alto-falantes com grades de aço inoxidável, amplificador de 10 canais e nada menos que 1400 watts, além do “mais modesto” sistema da Harman Kardon de 16 alto-falantes, amplificador de 9 canais e potência de 600 watts – o som de fábrica conta com 6 falantes. Também estão disponíveis os monitores traseiros, de 10,2 polegadas, com DVD/MP3 Player, TV e conectividade com smartphones.
Os BMW 530i (que substitui o 528i) e 540i contam com o mesmo 2.0 quatro-cilindros a gasolina, que no primeiro rende 252 horsepower (7 a mais que antes) e torque de 35,7 kgfm de 1450 a 4800 rpm, e no segundo, 340 horsepower (34 hp a mais) e torque de 45,9 kgfm entre 1380 e 5200 rpm. Enquanto o 530i vai de 0 a 100 km/h em 6,2 segundos, o 540i cumpre a prova em 5,1 segundos, e a versão xDrive (com tração integral) chega a 100 km/h em 4,8 segundos. Todos têm a velocidade máxima limitada eletronicamente a 250 km/h. Detalhe: os modelos xDrive contam com rodas traseiras esterçáveis em determinadas condições, favorecendo a dirigibilidade.
Há também os modelos movidos a diesel, 520d e 530d: o primeiro possui 190 horsepower e 40,8 kgfm de torque, e o segundo extrai 265 horsepower e 63,2 kgfm do motor de seis cilindros em linha. Posteriormente serão apresentados o BMW 520d EfficientDynamics Edition (com o motor retrabalhado para emitir 102 gramas de CO2 por quilômetro rodado e atingir o consumo de 30,8 km/l de diesel), o 530i ePerformance (híbrido plug-in, com autonomia elétrica de 45 quilômetros) e o esportivo M550i xDrive, que acelerará de 0 a 100 km/h em 4 segundos cravados.
