Em busca do tempo perdido [Alta Roda]

Talvez a melhor imagem para explicar as interações entre as crises políticas e econômicas que assolam os países seja a de uma dupla nos ralis. O piloto pode fazer o papel dos políticos e governantes, enquanto o navegador representa a economia. Quanto o navegador diz “freada forte e curva acentuada à direita”, por exemplo, ai do piloto que não confiar. O carro vai se acidentar e termina tudo ali.

Durante o congresso Perspectivas 2017, realizado recentemente em São Paulo pela Autodata, mais de um palestrante bateu nessa tecla. Não se resolvem problemas de recessão, desemprego, baixo índice de confiança e financiamentos difíceis sem obediência ao “navegador”. O conhecido código tulipa das planilhas de ralis significa as leis de mercado. Não dá para sair dessa trilha e achar que ganhará a prova.
Faltou consenso sobre a velocidade de retorno do carro à competição, depois de consertado. A começar por Letícia Costa, da consultoria Prada, que previu algo entre crescimento zero e até 5%. Ela mesma se classificou como cautelosamente otimista. Rogélio Golfarb, da Ford, lembrou que pela primeira vez o mercado de veículos cai por quatro anos seguidos (2013-2016), totalizando 46%. A crise de 1980-1981, com menos 43%, custou um período de 12 anos para recuperação.
Momento atual é dramático, pois pegou todos os fabricantes, novos e antigos, no fim de um ciclo de altos investimentos em capacidade produtiva. A ociosidade de 50% (considerando três turnos de produção) cairá lentamente nos próximos anos. A fase de lucros se transformou em prejuízos. Há alguns ventos a favor: melhora da confiança, recuo da inflação e da taxa de juros básica e crescimento do PIB em 2017.
Barry Engle, da GM, não se intimidou. Acha possível crescer entre 12 e 14% no próximo ano, acima da melhor previsão até agora, a da Anfavea, que acenou com uma subida em torno de 8%. Entre os motivos do otimismo citou o rápido envelhecimento da frota brasileira. Pode não valer mais a pena deixar de trocar o carro, em especial se sinais políticos positivos se confirmarem.
Para David Powels, da Volkswagen, só marcas muito pequenas desistiram do Brasil. Entre 2017 e 2019 terá quatro modelos do segmento compacto com a arquitetura mais moderna do Grupo VW, que encerrou o primeiro semestre deste ano como líder mundial em vendas. Esses carros ainda não existem nem na Alemanha. Os produtos esperados são Gol, Voyage, Parati e um novo crossover que possivelmente se chame Fox.
Talvez a empresa a sentir menos a crise brasileira destes anos, Miguel Fonseca afirmou que a Toyota olha uma década à frente. Foi além: em 2030 acredita que 40% dos carros da marca, aqui vendidos, serão híbridos com motores flex.

Stefan Ketter, da FCA, discorreu sobre as dificuldades de prever o ritmo de recuperação no próximo ano. Acredita, porém, que em 2020 podemos voltar aos três milhões de veículos comercializados, ainda distantes dos 3,8 milhões de 2012.
Em resumo, o País enfrenta sérios problemas de produtividade e ineficiência decorrentes de infraestrutura, burocracia e cipoal tributário. Precisa voltar a ser competitivo na exportação e mais aberto ao mundo. Quem sabe, um dia ganharemos esse rali.
RODA VIVA

APENAS aqui repercutiu de forma tão forte uma pequena nota da revista alemã Der Spiegel, dando conta de que a Alemanha proibiria fabricar carros com motores a combustão depois de 2030. Pura bobagem. Não passa de uma proposta que nem foi aprovada no Parlamento e também depende de acordo com a União Europeia. Chance de acontecer nesse prazo: zero.
ENQUANTO movimentações e apelos contra os combustíveis de origem fóssil ocorrem, em especial na Alemanha, continuam as indefinições sobre o etanol (praticamente neutro em termos de pegada de carbono) no Brasil. Stefan Ketter, presidente da FCA, voltou a chamar a atenção para essa oportunidade desperdiçada durante o Congresso Perspectivas 2017.


IMPENSÁVEL há uma década, câmbio automático chegou às picapes compactas com a Duster Oroch. Combinado apenas ao motor 2-litros, a picape anabolizada da Renault, primeira de quatro portas entre as pequenas, vai bem no para-e-anda do trânsito. Mesmo tendo apenas quatro marchas, nesse tipo de veículo apresenta comportamento razoável.

FARÓIS principais em LED prometem novos avanços. Hoje estão limitados porque os emissores de luz são individuais, precisam estar agrupados e ocupam espaço só disponível em carros grandes. Agora começam a aparecer os primeiros chips com 1.024 pontos controláveis de luz. Resultado: resolução ainda maior, sem risco de ofuscamento e dimensões bem menores.

PICAPES de cabine dupla com aros e pneus bem caros têm sido alvos de quadrilhas. Levantam o veículo pela lateral com ajuda de um macaco, retiram duas rodas e vão embora deixando o macaco para trás. Atacam à luz do dia e total destemor. Pior do que o furto é saber que há receptadores fáceis de encontrar, os grandes “espertos” nesse tipo de crime.

Fernando Calmon (fernando@calmon.jor.br), jornalista especializado desde 1967, engenheiro, palestrante e consultor em assuntos técnicos e de mercado nas áreas automobilística e de comunicação. Sua coluna automobilística semanal Alta Roda começou em 1º de maio de 1999. É publicada em uma rede nacional de 98 jornais, sites e revistas. É, ainda, correspondente no Brasil do site just-auto (Inglaterra).


Contato inicial: o Honda Civic 2017, novo de novo

A décima geração do Honda Civic causou uma corrida de consumidores às concessionárias para conferir de perto os detalhes das novas versões, o que fez o modelo se firmar, já no mês de setembro, como o segundo colocado em emplacamentos no segmento de sedans médios. De fato, as mudanças em relação à relação passada são muito evidentes, a começar pelo perfil da carroceria, com uma curvatura de teto e porta-malas ao estilo fastback, no lugar dos volumes tradicionais em seu perfil.
De frente, um dos elementos marcantes é o friso que une a parte superior dos faróis com a grade – preto no modelo Sport, cromado nas outras versões. Os retrovisores e as maçanetas, maiores, causam a impressão de que a carroceria cresceu bastante. As rodas são as mesmas para todas as versões, porém com três acabamentos diferenciados. Na traseira, as lanternas que se prolongam pela tampa do porta-malas na parte superior são uma espécie de marca registrada do novo modelo. Diferentemente do Corolla, o Civic é praticamente o mesmo modelo vendido nos Estados Unidos – apenas os piscas são incolores aqui e alaranjados nos States.
O interior também teve aprimoramentos importantes e rompeu com tradições passadas como o velocímetro separado do conta-giros em 2 níveis. O painel conta com partes superiores emborrachadas e detalhes prateados circundando volante, saídas de ar e console central – que, aliás, agora segue o estilo “ponte” (Floating Deck, como prefere a Honda) do HR-V, com a alavanca e o apoio de braço móvel com porta-copos na parte de cima, e o porta-objetos emborrachado com as entradas de som na parte de baixo.
 
Nossa (curta) volta no modelo 1.5 Turbo Touring deixou claro duas coisas: o abundante torque do motor em baixas rotações – favorecendo boas esticadas nas estradas – e a estabilidade em curvas ágeis, resultado do bom conjunto de suspensão (MacPherson na dianteira e Multi-link atrás, com buchas hidráulicas e barras estabilizadoras), pneus e atuação do controle eletrônico de estabilidade. O espaço – para passageiros e bagagem, agora com 519 litros no porta-malas – também é um destaque da nova geração.
Com injeção direta de combustível e turbocompressor, o 1.5 16v é movido unicamente a gasolina e rende 173 cavalos e torque de 22,4 kgfm já a 1700 rpm, aliado ao câmbio automático continuamente variável CVT, com sete marchas virtuais e trocas nos paddle-shifts no volante. Já o 2.0 Flex (acima) segue com 150/155 cavalos e torque de 19,3/19,5 kgfm a 4800 rpm, contando também com o câmbio CVT.
A versão topo-de-linha conta com chave presencial com partida remota e travamento/destravamento por sensor de aproximação, botão de ignição, teto solar elétrico com função anti-esmagamento, revestimentos em couro, quadro de instrumentos digital, câmera lateral direita acionada com a seta para o lado correspondente (reduzindo pontos cegos), banco do motorista com ajustes elétricos em 8 posições, sistema multimídia com tela de 7 polegadas multi-toque com Bluetooth, GPS com informações de trânsito via RDS, entrada HDMI, duas entradas USB, Wi-Fi e espelhamento da tela de celulares compatíveis.
Também são itens de série: faróis, lanternas, luzes diurnas, setas e faróis de neblina em LED, ar-condicionado digital automático de duas zonas, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, retrovisor interno antiofuscamento, saída dupla de escapamento, sensores de estacionamento à frente e atrás com alertas visuais e sonoro, direção elétrica progressiva, rebatimento elétrico dos retrovisores, volante revestido em couro com sensor capacitivo no botão de volume, câmera de ré com três tipos de visão e guias dinâmicas de direção, para-brisa com tratamento acústico e som com 180 Watts de potência, trazendo 4 alto-falantes e 4 tweeters.
As cores disponíveis para o Civic 10 são: Branco Estelar Perolizado, Prata Platinum Metálico, Cinza Barium Metálico, Preto Cristal Perolizado e Branco Tafetá Sólido. Para conferir preços e a lista de itens de cada versão, clique aqui.

O TRI, 25

SÃO PAULO (o próximo…) – 20 de outubro de 1991, madrugada por aqui, Mansell erra e atola no Japão, Ayrton Senna é tricampeão mundial. Hoje faz 25 anos do título, e este quarto de século da última conquista de um brasileiro na F-1 está relatada aqui, pela Evelyn Guimarães. Para não ficar repetindo aqui histórias já mais …

Ford Ranger Wildtrak será mostrada no Salão de São Paulo

A Ford do Brasil mostrará a Ranger Wildtrak no Salão do Automóvel de São Paulo, no próximo mês. Ao lado da já anunciada F-150 Raptor, a Ranger Wildtrak é vendida como versão topo de linha em mercados da Ásia, Oceania e Europa, ela se diferencia pelo visual esportivo.

A picape tem grade e para-choques diferentes, rodas de alumínio de 18 polegadas, maçanetas, retrovisores e rack com pintura fosca. A cabine tem bancos, painel, portas e volante revestidos em couro com apliques ou costura na cor laranja.
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Volkswagen passa a ter novos planos de manutenção e prazos de revisão

iG São Paulo

Agora as revisões periódicas passam a ser a cada 10 mil quilômetros ou 12 meses, o que ocorrer primeiro

Volkswagen Golf

Volkswagen Golf

Foto: Divulgação

A partir desse mês de outubro os modelos da Volkswagen estão com novos prazos de revisão como parte de mudanças nos planos de manutenção dos seguintes modelos:  Gol, Up!, Voyage, Saveiro, Fox, CrossFox, SpaceFox, Space Cross, Golf e Jetta.  No caso dos importados, estão incluídos Golf Variant, Fusca, Tiguan, Novo Passat, CC e Touareg.  A marca também informa que para a picape Amarok, com motor turbodiesel, o novo plano passará a valer com o lançamento da linha 2017, utilitário que deverá ser apresentado durante o Salão do Automóvel, em São Paulo, entre 10 e 20 de novembro.

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De acordo com a Volkswagen , as novidades têm entre os objetivos harmonizar os planos de modelos nacionais e importados. Com isso, quem roda até 10 mil quilômetros por ano poderá fazer a revisão apenas uma vez a cada 12 meses, o que acaba sendo mais cômodo para o dono do carro. Além disso, novo período também facilitará a rotina e o atendimento na rede de concessionárias da marca, o que também garante mais comodidade aos seus clientes. 

Como serão feitos os serviços 

Ainda conforme comunicado divulgado pela Volkswagen, na manutenção até os 60.000 quilômetros (seis serviços), por exemplo, as revisões do 1º, 3º e 5º serviços terão 18 itens checados no veículo. Nas revisões do 2º, 4º e 6º serviços terão, além daqueles 18 itens verificados, outros 12 itens checados no veículo que for levado a uma das concessionárias da marca. 

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Além da verificação desses itens, em todas as revisões é realizada a troca de óleo do motor, além de eventuais serviços complementares, como trocas de filtros, fluidos ou correias, dependendo da quilometragem, ainda de acordo com o que informou a fabricante alemã.

Vale lembrar que os modelos da Volkswagen vendidos no Brasil  contam com garantia total de 3 anos, sem limite de quilometragem (para a picape Amarok há limite de 100.000 km). Para isso, é necessário cumprir o plano de manutenção do veículo, segundo as recomendações do termo de manutenção e garantia e no manual do proprietário.

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Ford confirma Ranger Wildtrak no Salão

A Ford confirmou a presença de outra atração para o Salão do Automóvel de São Paulo, que abre as portas entre os dias 10 e 20 de novembro. Além da F-150 Raptor, sem previsão de comercialização oficial no Brasil, a marca vai expor a Ranger Wildtrak, versão mais cara da picape vendida em alguns mercados … Continuar lendo Ford confirma Ranger Wildtrak no Salão