ALONSO E SEUS AMIGOS

lemans182

MOSCOU (gostei) – Vão dizer que foi uma corrida de dois carros.

Verdade.

Vão dizer que sem Audi e Porsche, a Toyota ganharia até se colocasse seis bonecas infláveis ao volante.

Quase verdade.

Vão dizer que López é muito fraco, e que foi ele que acabou com as pretensões do #7.

Meia-verdade.

Vão dizer que a Toyota faria Alonso vencer de qualquer jeito.

Não é verdade.

Algumas verdades verdadeiras sobre estas 24 Horas de Le Mans devem ser ditas.

Uma delas, que Alonso guiou muito de noite, para descontar o que o #8 tinha perdido por conta de um stop & go.

Outra, que o grande nome do trio foi Nakajima, com um ritmo impressionante o tempo todo.

Mais uma, que a Toyota merece todos os aplausos porque está atrás dessa vitória faz tempo, e mesmo com as desistências de seus maiores concorrentes decidiu se manter no campeonato e lutar pela sonhada conquista em Sarthe. Se os outros foram embora, problema deles.

O #8 completou 388 voltas em 24 horas, recebendo a quadriculada com duas voltas de vantagem para o #7. A dose de drama para Buemi, Alonso e Naka-san veio de noite com as duas punições que o trio levou — o #7 sofreu um stop & go. Mas os stints que o japonês e o espanhol cumpriram foram impecáveis e a diferença que o #7 abriu foi sendo descontada com perseverança e talento.

As 256.900 pessoas que pagaram ingresso em Le Mans viram a Toyota, finalmente, ganhar a prova que tanto sonhava havia décadas — especialmente desde 2012, quando voltou ao WEC com seu Corollão híbrido. Em relação à edição de seis anos atrás, o carro consumiu 35% menos combustível para completar as 24 horas. Até hoje, a marca tinha inscrito 47 carros na maior das corridas, com seis pódios e nenhum triunfo.

Acabou a espera.

Para Alonso, ficou a gratidão ao time japonês, e ele volta para casa com mais uma estrelinha na sua luta particular pela Tríplice Coroa — formada por Sarthe, Le Mans e Indianápolis. Faltam as 500 Milhas, que no ano passado o motor Honda não permitiu que ele vencesse.

E acho que vai buscar.



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