GOSTAMOS

ITACARÉ (mas tá caro, não?) – E agora, quem mandou? Peço perdão, porque abri o link e acho que apaguei o e-mail, ou a mensagem no Twitter, ou no Facebook, algum deles. Bem, o “dono” da dica vai aparecer.

O negócio é o seguinte: está à venda em Buenos Aires o Renault Clio Williams 2.0 que serviu de safety-car no GP da Argentina de 1996.

Estão pedindo 50 mil trumps. O carro já passou por algumas mexidas estéticas, pelo que li no anúncio, mas parece ser mesmo o original. Acho que devem ter como provar.

Seria uma coisa bacana numa coleção. No link tem também um vídeo da corrida em que o carrinho aparece. E ele apareceu bastante, até! Foi depois que Badoer, da Forti Corse, capotou. No vídeo, a partir de 2min40s, os narradores chamam a atenção para a lerdeza do pequeno Renault — a culpa, obviamente, menos do carro do que dos organizadores e da FIA, que o escolheram.

Aliás, nem lembrava disso. Incrível como a F-1 às vezes é lerda para reagir a algumas necessidades. Uma das possíveis razões para o acidente que matou Senna foi a queda da pressão dos pneus de seu carro por conta da baixa velocidade do safety-car em Imola — no caso, um Vectra. Essa é a tese de Damon Hill, seu companheiro à época. A pressão diminuiu, o carro estava muito baixo, os pneus “murcharam”, por assim dizer, e na relargada ele bateu o fundo numa ondulação, virou de repente para a direita e se estatelou no muro.

Mesmo assim, os caras continuaram a usar carrinhos quase de rua para a função, como se vê. No GP da Argentina, um Clio. Um Clio! Que autou, também, num dos grandes sustos da carreira de Pedro Paulo Diniz. Sua Ligier pegou fogo. Durante o safety-car pós-Badoer. E o Renozinho ali, firme e forte.

Enfim, esse pequeno Clio tem história. Talvez valha os 50 mil.

clioarg



Leia Mais.